Eu
acho que ser mãe é dar carinho e estar presente nas horas boas e ruins, amar incondicionalmente. Esse amor brota em nosso coração e não tem
preço só nós mães que podemos compreender, vai lá no
fundo e fica eternamente gravado com letras douradas. Agradeço a Deus todos os dias por ter filhos
tão maravilhosos e por poder desfrutar dessa felicidade que invade meu coração.
Obrigada meus filhos por me escolherem para ser sua mãe e saiba que minha vida
é linda porque posso contar com vocês sempre e desfrutar dessa felicidade maior
do mundo. Meus filhos são só amor pra
dar. Amo vocês demais. Bel
segunda-feira, 26 de maio de 2014
quarta-feira, 12 de março de 2014
Seu filho... um homem de ouro...
Nunca pensei que um dia eu teria 50
anos. Impossível... isso seria pavoroso demais.
Quando tentava imaginar que isso
poderia acontecer, o cérebro se recusava e falava comigo: Não você meu senhor,
você ainda precisa muito tempo para encontrar a felicidade plena, tudo isso
está andando rápido demais, você ainda precisa de muito tempo.
As outras pessoas podiam fazer 50 anos
e até mais, mas as outras pessoas não são especiais como eu... para mim esse
negócio ainda iria demorar muito.
Como eu sou um cara visual, sempre dou
exemplos de coisas com foco nesse sentido. Viu que usei a palavra foco que é
muito visual? Gosto também de usar: refletir, projetar, cegueira, turvo, cortina
de fumaça, brilhante... bom desviei do assunto... vou voltar...
Então, quando foi chegando perto do meu
aniversário minha miopia estava brava. Eu falava para todo mundo que a idade
estava me deixando mais sábio, mais moderado, mais feliz e realizado que
parecia que eu estava iluminado. Um dia até pensei que estivesse pronto para
morrer... acho que nessa hora Deus perdeu a paciência comigo e retirou as
lentes que estavam velando minha visão.
Começou com o dia que tive que levar o
Pedro para Araraquara fazer a inscrição na Unesp, que dureza. Nesse dia único
vi como meu filho tinha amadurecido, como ele podia se virar sozinho. Fiquei
surpreso por nunca ter notado que ele tinha voado sozinho, acho que foi a
primeira vez que vi esse cara como ele realmente é, com recursos e com
fraquezas, igualzinho aos outros seres humanos.
Foi duro ver e compreender que à partir
daquele momento tudo seria diferente, que ele também iria ficar longe e que
faria voos cada vez mais independentes dos nossos.
Quando voltamos para casa minha fraca
memória começou a lembrar do dia em que levei a Bruna para morar em São Paulo,
tive visões aterrorizadas dela, toda bibelô, no meio da selvageria de São
Paulo. Entrei em pânico quando vi que o apartamento que ela iria alugar era
sujo e mal localizado... tive medo de não mais poder estar perto para
defende-la.
Por sorte encontramos um apartamento
melhor, uma amiga do bem que tinha mais experiência do que ela e também sorte
de que ela não era bem mais preparada do que eu jamais tinha pensado.
Tanto para a Bruna quanto para o Pedro
os fundamentos de família que passamos são tão fortes que acabam contaminando
que os rodeia. Aí então entra o Sr. Roberto e a Dona Izabel e o Sr. Antonio e a
Dona Janette. Fico imaginando que eles devem ter passado cada situação com a
filharada.
Até agora ainda acho que estou me
tornando um cara melhor, tenho certeza que estou mudando de maneira
irreversível. Eu critico menos as pessoas, relevo coisas que não me agradam ao
mesmo tempo em que fico remoído, tento não ligar muito quando vejo gastos
exagerados, com som alto, luz acesa, quanto aos detalhes parecem que a cada dia
que passa ficam menos importantes..
Tenho descoberto prazeres em coisas que
antes eram tão corriqueiras que passavam despercebidas, ficar sozinho com a
Regina na chácara, ver as frutas crescerem, ouvir minha filha contando as
coisas do trabalho e me dando conselhos, ver minha mãe fazendo arte, olhar para
o semblante pacífico da Regina quando ela cai no sono assistindo a novela,
ouvir o grito “maravilha!” do Pedro quando ele gosta de uma comida, contemplar
a Lilli feliz quando a gente vai dar a papa, os peixes pulando pela comida que
colocamos no laguinho, escutar a receita especial da Dona Janette...
O problema, para quem me conhece bem é
que antes de tirarem minhas lentes escuras, a única coisa que eu via era a
parte ruim de ter que dar a comida para a Lilli ou o valor da conta no final de
um ótimo almoço no Rosas. Agora estou diferente, muitas vezes consigo apreciar
mais a vida e às vezes consigo me deixar levar pela corrente do rio.
Então acho que comecei a entender que a
vida tem partes boas e partes difíceis. Partes que eu queria esquecer para
sempre, mas não consigo.
Estou entendendo que tem coisa que é
melhor não querer entender porque não tem remédio... fico triste. Mas afinal
acredito que o mais terrível dos pesadelos seria passar pela vida sem ter
provado seus diversos sabores. Seria uma vida de mediocridade e pobreza.
Ontem teve uma das partes difíceis. Vi
minha menina com dor no coração, vi impotente a Regina fazendo tudo que podia
para ajudar, ela tem tanta força que arrasta um mundo, mesmo assim, ajudar é
uma tarefa quase impossível. A Bruna, aquela menininha, tinha se tornado uma
mulher, estava sofrendo por amor, como isso pode ter passado tão rápido, como
eu fui perder essa parte do filme? Ela estava sofrendo tanto, mas tão linda,
tão madura e insegura junto e misturado. Para falar a verdade tive mais orgulho
do que pena. Tive certeza de que o melhor irá acontecer, sempre.
A Regina e eu ajudamos no que a gente
podia, mas entendi que a luta é dela, que ela está usando as lentes dela e que
somente o tempo e o amadurecimento vão mudar forma de ver o mundo. Meu estado
Budal alcançados de forma mágica aos 50 anos me fez calar muito rancor
que gostaria de verbalizar, me fez pensar duas vezes antes de julgar e me fez
rezar para que Deus tranquilize nossos corações e nos faça ter fé de que tudo
isso fará sentido em algum momento. O que eu sei é o que tiver que ser será e
se Ele deixar, estaremos por perto para ajudar.
Contei essa história porque a vida é
assim, tem sabores diferentes, tem horas que a gente pensa que é rei, tem horas
que nos sentimos perdidos, tem hora que o coração dói tanto... pausa para uma
choradinha, tem hora que queremos que tudo acabe e tem hora que a gente
quer que não acabe nunca. Dependendo do momento, a vida adquire diferentes
cores, intensidades, sonoridades, sabores... talvez seja isso que nos motiva a
seguir em frente... quando olho para trás só consigo lembrar que as coisas boas
foram muito mais fortes..
A idade vai chegando e vai dando pra
gente uma espécie de liberdade (olha o Sr. Antonio aí de novo). Acho que aos 60
anos, se é que isso for possível, vai ficar mais fácil perdoar, deixar prá lá
as ofensas, seguir outros caminhos, rir da própria desgraça, esquecer as coisas
ruins, amar, chorar e aceitar. Essa tal liberdade é o segredo da felicidade
plena que tantos buscam e poucos alcançam.
Enquanto escrevi esse texto chorei umas
mil vezes, com lembranças boas e ruins e me peguei perguntado por que a vida é
assim, mas agora, no finalzinho imaginei Deus falando comigo assim: - Filho, um
dia, depois de alguns aniversários, você vai compreender.
E eu tenho fé que assim será.
segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014
O dia que os tico-ticos sairam do ninho.
Seus danados! Quem mandou VCS crescerem?!
Um dia, de repente a casa fica faltando um pedaço...
....ninguém vai acabar com as escovas de dentes novas...
... ninguém para você comprar coisas no Sams
....ninguém para fazer janta caprichada....
....ninguém reclama da velocidade da internet...
...vc não ouve as risadas das piadas do pânico....
... Vc não tem com quem reclamar que o quarto está desarrumado....
Então eu pensei...que pena...acho que o filme está quase acabando....
Pensei quanto tempo desperdicei e quantos abraços eu troquei por broncas....quantas conversas eu troquei por piratas.
Acho que a vida tem um defeito....a gente aprende só depois que o tempo acabou...que pena,
Que pena da gente....
... às vezes a gente tem dor de coração, não tem remédio que cure, não tem consolo, não é possível explicar, dói e pronto.....
A razão acho que Deus rezo para que Deus me deixe entender um dia....deposito em fé minha vida.
segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014
Bar e Restaurante "Aquário"
Mãe, que bacana! Parece que vou entrar
lá e ver o Tio Tô na máquina de sorvete, o Vô Ari me esperando, a Vó Conceição
na cozinha. Parece que vou encontrar a
senhora e pedir para a gente jogar tômbola, que vou ver a senhora costurando, que
vou lavar os copos, que a Tia Cleide vai brincar comigo, que vou brincar com a água
do tambor que tinha no quintal.
Lembro de um banheiro que não tinha vaso sanitário, de estar numa mesinha fazendo um jogo de sete erros... era um pouco do paraíso na terra, porque a pureza e a simplicidade estava no coração das pessoas.
Amo muito todos vocês.
Lembro de um banheiro que não tinha vaso sanitário, de estar numa mesinha fazendo um jogo de sete erros... era um pouco do paraíso na terra, porque a pureza e a simplicidade estava no coração das pessoas.
Amo muito todos vocês.
Ção, Carminha,
Cleide, Bel, Vanda,
Tô, Mãe e Pai.
quarta-feira, 13 de novembro de 2013
O maior desafio da minha vida (A morte)
Santo André, 12/09/2012
O maior desafio da minha vida (A morte)
Um ano se passou. Logo cedo me lembrei de
que os sonhos também são verdadeiros quando vem do coração. Fiquei pensando... Sonhei, será?
Ele tão lindo olhando para mim,
sorrindo, chorando... Então senti que
não tinha mais nada a fazer. Ficamos abraçados muito tempo, choramos tristes e
felizes, pois tínhamos um ao outro, de sorrisos leves entre soluços ficamos por
alguns momentos silenciosos, olhares comprometedores e compreensivos como se fosse
à eternidade.
Sempre o abraçava e dizia:- “Meu bebê
grande, eu te amo mais que tudo no mundo”.
Um ano... Que ele se foi....... Briguei com Deus. Por quê??? Nunca, nunca pensei em passar por isso e
perguntei... Haverá um novo
caminho? E sozinha, egoísta, triste não
conseguia mais viver, não tinha mais meu porto seguro.
Hoje sei que o tempo não existe e que a
felicidade sempre rondou a minha vida. Fui e sou feliz.
Olhei as fotos dos meus netinhos lindo e
maravilhosos e pensei:- Que coisa linda Deus nos deu e comecei a limpar a casa
com muito carinho, pois sei que tudo dentro dela lembra muita Felicidade.
Estou muito bem e o Ricardo está aqui e
fala coisas como:- nós nascemos, crescemos e morremos é o ciclo da vida. Rimos
muito e trabalhamos. Ele me ajudou muito e acredite se quiser é um Robertinho,
pois assim que começamos trabalhar, ligou o rádio como o vovô Roberto que era
nada sem um radinho do lado. Até na
igreja ele levava o rádio quando tinha jogo. Só faltava gritar gol...
Deus obrigado de me ter dado só coisas
boas em toda minha vida.
A única decisão importante que preciso
tomar é viver com Deus: Ele cuidará do resto.
Bel
Tempos idos
Quando você chegou em
minha vida.
Vieste em silêncio,
quase calado.
Meu coração se encheu
de alegria
Surgiu um amor sem
igual
Fomos
felizes.
Passados 56 anos, você
se foi.
Foi para não mais
voltar.
Eras o meu amor e
partiste
Tudo se apagou, veio a
escuridão.
Aqui estou perdida em
sonhos
Relembrando do
Amor
e de todos meus
sonhos.
Só você deixou
saudade
Uma saudade que não se
explica,
se
sente.
É uma saudade que
aperta o coração.
Lembro de você todos os
dias
Deus disse que eu teria
que passar por isso,
mas tudo valeu a
pena.
Bel
12 de Setembro de
1911
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